A Trombose é uma condição que se dá pela formação de coágulos ou trombos dentro de veias importantes para a circulação sanguínea. Este problema costuma acontecer nos membros inferiores, que são de mais difícil acesso pelo sangue que vem do coração.
A condição costuma ocorrer majoritariamente pela influência de carga genética, mas alguns hábitos do dia a dia podem influenciar em seu surgimento também, como, por exemplo, sedentarismo e sobrepeso.
Além disso, qualquer período em que se passe muito tempo em uma mesma posição pode influenciar também, como é o caso das cirurgias.
Confira no artigo abaixo como pode ocorrer e como evitar o surgimento da doença nesse caso.
Quem tem maior risco de Trombose pós-cirurgia?
De maneira geral, pessoas acima dos 60 anos têm maior risco de desenvolver coágulos, principalmente em casos de menos mobilidade ou totalmente acamados. As chances também aumentam em casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Ainda, outros fatores podem ser agravantes da possibilidade de Trombose pós-cirúrgica. Confira:
- Uso de anticoncepcional ou outras formas de reposição hormonal;
- Doenças cardíacas como hipertensão ou insuficiência cardíaca, por exemplo;
- Estar enfrentando Câncer ou na fase de quimioterapia;
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Cirurgias feitas com anestesia geral ou peridural;
- Casos de infecção generalizada durante a própria cirurgia.
O surgimento de coágulos em cirurgias se torna mais perigoso quando o quadro tem chances de progredir para Embolia Pulmonar. Neste caso, o trombo pode se locomover até os pulmões, aumentando o risco à saúde do paciente.
Como diminuir as chances após uma cirurgia?
Algumas estratégias podem ser adotadas a fim de diminuir a possibilidade de complicações após o procedimento, tanto da própria Trombose, como outros problemas.
Veja abaixo algumas sugestões:
Elevação dos membros inferiores:
No período de repouso, é indicado manter as pernas elevadas acima do nível do coração para facilitar e estimular o fluxo sanguíneo pelo corpo. Algumas almofadas especiais podem ajudar a deixar a posição confortável por mais tempo.
Além disso, alguns exercícios muito simples e específicos, como o movimento de pisada ou o ato de “girar” o tornozelo também ajudam neste caso.
Uso de meias de compressão:
As meias de compressão, chamadas também de “anti-trombo” podem ser indicadas pelo médico até mesmo antes da operação, a fim de já iniciar o estímulo à movimentação sanguínea. Após a cirurgia, elas devem ser usadas até que o paciente seja liberado a caminhar normalmente, processo que passa por algumas etapas de avanço.
Medicamentos anticoagulantes:
Em quadros que exigem procedimentos mais complexos e períodos de longa recuperação, pode ser que o médico responsável prescreva medicamentos anticoagulantes. Eles atuam não somente prevenindo a formação de coágulos, principalmente nos membros inferiores, mas também estimulando o fluxo sanguíneo a fluir normalmente.
Hidratação:
Manter-se hidratado é essencial em todos os momentos da vida, principalmente quando nosso corpo está se recuperando de uma situação e precisa de forças, como é a etapa pós-cirúrgica. A água auxilia na fluidez do sangue pelo corpo e pode diminuir as chances de surgimento de coágulos.
Massagens:
Alguns procedimentos, dependendo de cada caso, podem contar com a ajuda de massagens localizadas que ajudam a diminuir o inchaço e aliviar o desconforto pós-cirúrgico.
É imprescindível realizar as sessões em locais profissionais e que ofereçam plena segurança, a fim de não criar complicações na recuperação ou na região tratada.
Parar de fumar:
O Tabaco, a Nicotina e outras substâncias do cigarro criam lesões nas paredes internas das veias. O vício em cigarro deve ser tratado e interrompido antes de qualquer cirurgia, já que este dano pode incentivar a formação de coágulos. Da mesma forma, durante e após o período de recuperação é essencial não retomar este hábito que prejudica todo o organismo.
Consultas de retorno regulares:
Mesmo após o período de recuperação ser considerado completo, é importante fazer visitas regulares ao médico da cirurgia para que ele avalie com um olhar atento qualquer possível complicação.
É importante ressaltar que tanto essas acima quanto quaisquer outras recomendações pós-cirúrgicas devem ser combinadas entre o médico e o paciente a fim de contemplar as peculiaridades de cada caso.
O que serve para um paciente não necessariamente vai servir para outro. Somente a avaliação aprofundada de um especialista pode determinar a melhor abordagem para cada paciente.
Conte com quem pode lhe ajudar!
A Dra. Ani Loize Arendt é médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular com mais de 10 anos de experiência na área. Vamos agendar uma consulta para entender as diferentes formas de cuidar da sua saúde, especialmente neste período de recuperação?
Temos certeza de que vamos encontrar juntos o que funciona melhor para você! Estaremos lhe esperando!