Síndrome do Roubo da Subclávia: o que é e como tratar

Síndrome do Roubo da Subclávia

A Síndrome do Roubo da Subclávia é uma condição vascular rara, mas potencialmente séria, que pode comprometer o fluxo sanguíneo para o cérebro e para o braço. Muitas vezes, seus sintomas são confundidos com outras doenças neurológicas ou circulatórias, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado.

Se você sente tonturas ao movimentar o braço, fraqueza, dor ou até mesmo episódios transitórios de confusão mental, é importante conhecer essa síndrome e saber quando procurar ajuda médica. Neste artigo, vamos explicar o que é a Síndrome do Roubo da Subclávia, suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e opções de tratamento.

O que é a Síndrome do Roubo da Subclávia?

A Síndrome do Roubo da Subclávia ocorre quando há uma obstrução parcial ou total na artéria subclávia, que é responsável por levar sangue para o braço e parte do cérebro. Como resultado, o sangue destinado ao cérebro pode ser desviado para o braço, reduzindo o suprimento sanguíneo para a cabeça e podendo causar sintomas neurológicos.

Isso acontece porque a artéria subclávia recebe sangue da artéria vertebral, que também irriga parte do cérebro. Quando há uma obstrução na subclávia, o fluxo sanguíneo pode ser “roubado” da artéria vertebral, prejudicando a circulação cerebral.

Essa condição está geralmente associada à aterosclerose, uma doença que causa o estreitamento das artérias devido ao acúmulo de placas de gordura. No entanto, outras causas, como anomalias congênitas, inflamações arteriais e traumas, também podem estar envolvidas.

Principais Causas da Síndrome do Roubo da Subclávia

A obstrução da artéria subclávia pode ser causada por diferentes fatores, sendo os mais comuns:

  • Aterosclerose – O acúmulo de placas de gordura nas artérias é a causa mais frequente da doença;
  • Doenças Inflamatórias dos Vasos – Como arterite de Takayasu, que afeta as grandes artérias;
  • Dissecção Arterial – Uma lesão na parede da artéria que pode obstruir o fluxo sanguíneo;
  • Malformações Congênitas – Algumas pessoas já nascem com anomalias que afetam o fluxo sanguíneo na região;
  • Traumas ou Cirurgias Prévias – Procedimentos cirúrgicos ou lesões na região podem causar estreitamento arterial.

A aterosclerose é, sem dúvida, o fator de risco mais preocupante, pois está diretamente relacionada a hábitos como tabagismo, colesterol alto, hipertensão e diabetes.

Sintomas da Síndrome do Roubo da Subclávia

Os sintomas da Síndrome do Roubo da Subclávia variam conforme o grau de obstrução arterial e a demanda de sangue pelo braço afetado. Os principais sinais incluem:

Sintomas Neurológicos (Isquemia Cerebral)

  • Tonturas ou vertigem, especialmente ao movimentar o braço afetado;
  • Visão turva ou dupla (diplopia);
  • Confusão mental ou dificuldade para se concentrar;
  • Desmaios ou sensação de fraqueza extrema;
  • Falta de coordenação motora.

Sintomas no Braço Afetado

  • Dor e fadiga ao usar o braço, principalmente ao levantar pesos ou fazer atividades repetitivas;
  • Fraqueza ou dormência no braço e na mão;
  • Sensação de frio ou coloração azulada na extremidade;
  • Diferença de pressão arterial entre os dois braços (o braço afetado pode apresentar pressão mais baixa).

Em casos mais graves, essa condição pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), tornando o diagnóstico e o tratamento fundamentais para evitar complicações.

Como é feito o Diagnóstico?

O diagnóstico da Síndrome do Roubo da Subclávia começa com uma avaliação clínica detalhada e pode incluir os seguintes exames:

  • Medição da Pressão Arterial nos Dois Braços – Uma diferença de mais de 15 mmHg entre os braços pode indicar obstrução da artéria subclávia;
  • Ultrassom Doppler – Permite avaliar o fluxo sanguíneo na artéria subclávia e na artéria vertebral;
  • Angiotomografia ou Angiografia por Ressonância Magnética – Exames de imagem que mostram o grau de obstrução e a circulação colateral;
  • Arteriografia – Um exame mais invasivo que injeta contraste nas artérias para avaliar detalhadamente o fluxo sanguíneo.

A combinação desses exames ajuda a determinar a gravidade do problema e a melhor abordagem de tratamento.

Opções de Tratamento para a Síndrome do Roubo da Subclávia

O tratamento depende do grau de obstrução da artéria subclávia e da presença de sintomas. Em casos leves, pode ser feito apenas o controle dos fatores de risco. Nos casos mais graves, pode ser necessário um procedimento cirúrgico ou endovascular.

1. Tratamento Clínico (Mudança de Hábitos e Medicamentos)

Se a obstrução for leve e não causar sintomas significativos, o tratamento pode incluir:

✔ Controle da pressão arterial e do colesterol com medicamentos;

✔ Uso de antiagregantes plaquetários (como aspirina ou clopidogrel) para reduzir o risco de coágulos;

✔ Cessação do tabagismo, pois o cigarro acelera a aterosclerose;

✔ Dieta equilibrada e exercícios físicos para melhorar a circulação.

2. Tratamento Endovascular (Angioplastia com Stent)

Nos casos mais graves, pode ser necessário um procedimento minimamente invasivo, conhecido como angioplastia com stent. Nesse procedimento:

1️⃣ Um cateter com um balão é inserido na artéria subclávia;

2️⃣ O balão é inflado para abrir a artéria estreitada;

3️⃣ Um stent (prótese metálica) é colocado para manter a artéria aberta.

Esse método tem recuperação rápida e menos riscos em comparação com a cirurgia aberta.

3. Cirurgia de Revascularização

Quando a angioplastia não é viável, pode ser feita uma cirurgia de bypass (ponte arterial), na qual um enxerto vascular é usado para desviar o fluxo sanguíneo, contornando a obstrução. Essa técnica pode ser indicada para pacientes com obstrução severa e risco elevado de AVC.

A Síndrome do Roubo da Subclávia é uma condição que pode afetar tanto o fluxo sanguíneo para o cérebro quanto para o braço. Seus sintomas podem variar de leves a graves, incluindo tontura, fraqueza no braço e até riscos de AVC.

O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, e o tratamento pode variar desde o controle clínico até procedimentos minimamente invasivos, como a angioplastia com stent, ou cirurgias mais complexas.

Conte com quem pode te ajudar!

A Dra. Ani Loize Arendt é médica especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular com mais de 10 anos de experiência na área. Vamos agendar uma consulta  para entender as diferentes formas de cuidar da sua saúde!

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