Muito se fala das influências para o surgimento das varizes nas mulheres, suas consequências e formas de tratamento, e, com isso, surge também a vontade de evitar que elas apareçam. Levar uma vida com hábitos saudáveis, com uma alimentação equilibrada, prática moderada de exercícios físicos e se ver livre do fumo são mudanças positivas e que ajudam nessa tarefa.
Ainda assim, fatores de influência genética têm grande poder sobre o surgimento desse problema, e contra isso, não há muito que se possa ser feito. Estima-se que pessoas com histórico familiar da doença possuem até 90% de chance de desenvolvê-la também.
Além disso, outra grande parcela da população é fortemente afetada por este acometimento. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 40 a 50% das mulheres brasileiras irão sofrer com varizes após os 50 anos e que, atualmente, sete a cada 10 já estão enfrentando o problema.
Então, além de uma crença popular, é verdade que esse grupo têm mais chances de desenvolver problemas vasculares. Vamos entender porque isso é assim?
Por que isso acontece?
Ainda que não se possa fazer nada a respeito destas maiores chances, é importante entender o motivo disso acontecer. Assim como acontece em outras inúmeras doenças ou menores problemas de saúde, a
produção de hormônios tem grande influência no desenvolvimento das varizes nas mulheres.
O estrogênio, hormônio de extrema importância para o equilíbrio e funcionamento do corpo feminino, é produzido em diferentes quantidades ao longo da vida e de acordo com o período. Apesar de ser muito necessário em diversos momentos, ele é capaz de ir fragilizando as veias ao longo do tempo, o que, por sua vez, facilita a dilatação também.
Além dessa produção natural, muitas mulheres precisam ou decidem, sempre em conjunto com seu médico, fazer sua reposição ou qualquer tratamento hormonal para evitar a gravidez, o que aumenta o fator de risco.
Além disso, durante a própria gravidez, este hormônio também é produzido em maior quantidade. Unindo isso ao ganho de peso proporcional à essa época, há, para algumas mulheres, uma chance ainda maior. Este é mais um motivo para que as meias de compressão sejam indicadas nessa época, a fim de evitar ou então atenuar o surgimento das varizes.
Possibilidades de tratamento:
Depois do problema ser propriamente diagnosticado, o médico deve identificar junto ao paciente qual a melhor opção de tratamento para o seu caso. Atualmente, a Cirurgia Vascular segue sendo a opção mais indicada para solucionar a questão e devolver à paciente melhor qualidade de vida e bem-estar. Porém, outras possibilidades de tratamento têm surgido e ganhado muito espaço entre médicos da área e pacientes.
Confira abaixo duas outras opções de procedimento.
● Laserterapia:
Também chamada de “Esclerotopia a Laser”, esta especialidade costuma ser performada para a eliminação de pequenos e médios vasos que podem aparecer por todo o corpo, não somente nas pernas, como é o caso das varizes.
A partir de energia térmica, o laser destrói as paredes dos vasos sanguíneos e assim os elimina instantaneamente. Este costuma ser um procedimento rápido e sem grandes desconfortos para as pacientes. Só é importante estar atenta aos cuidados pós procedimento, como proteção do sol e cuidado com a prática de exercícios físicos nos primeiros dias.
Além disso, neste caso, outros tratamentos podem ser indicados de forma conjunta para
melhores resultados.
● Escleroterapia com espuma:
Está é uma opção indicada para pequenos vasos (de até 4mm ee diâmetro). A partir da aplicação de espuma de polidocanol o resultado é praticamente definitivo. O ideal ainda é utilizar as meias de compressão como complemento.
A ressalva para essa opção é que não pode ser feita em mulheres grávidas, idosos ou pessoas com histórico de embolia pulmonar.
A Dra. Ani Loize Arendt é especialista em varizes e em Cirurgia Vascular, e tem mais de 10 anos em experiência nos cuidados com pacientes dessa área. Agende uma consulta e tire suas dúvidas sobre o surgimento de varizes e as possibilidades de tratamento.
